Apple é processada por imprecisão do Apple Watch em usuários negros

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A Apple enfrenta atualmente um processo movido por uma ação coletiva registrada em Nova York em 24 de dezembro, alegando que a função de leitura de oxigênio no sangue do Apple Watch gera resultados imprecisos para usuários de pele negra.

Segundo a denúncia, o Apple Watch é considerado inadequado e impreciso em 90% das leituras de oxigênio no sangue realizadas em usuários de pele negra. Essa não é a primeira vez que o dispositivo da Apple é acusado de falhas no monitoramento em tons de pele mais escuros.

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A ação coletiva também acusa a Apple de violar leis norte-americanas pró-consumidor. O dispositivo da Apple utiliza LEDs vermelhos, verdes e infravermelhos para calcular os níveis de oxigênio no sangue. De acordo com a ação judicial, a tecnologia do relógio inteligente é “significativamente menos precisa na medição dos níveis de oxigênio no sangue com base na cor da pele”.

O processo foi iniciado por Alex Morales em nome dos usuários que adquiriram o relógio em Nova York, representando também usuários de outros estados. Além disso, a ação acusa a Apple de violar a Lei Comercial Geral de Nova York e as Leis Estaduais de Fraude ao Consumidor por garantia expressa, fraude e enriquecimento sem causa.

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O problema de imprecisão em dispositivos de medição de oxigênio no sangue não é exclusivo do Apple Watch e já foi observado em outros contextos. Estudos realizados durante a pandemia destacaram as discrepâncias nos resultados dos oxímetros entre diferentes grupos raciais. O processo também faz menção a pesquisas que evidenciam problemas similares para usuários negros durante a pandemia.

Este não é o primeiro incidente relatado com o Apple Watch em relação a usuários de tons de pele mais escuros. Em 2015, foi revelado que o sensor cardíaco do relógio apresentava falhas para usuários com tatuagens na região do pulso.